Razão x emoção x orgulho.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Pra você, ogrodoce.
Oi OgroDoce. Como está você? Espero que esteja feliz.
"Tem dias que você simplesmente sai de casa sem rumo, e sem companhia também. Ficam conhecidas como as piores ou melhores noites da vida. Quase sempre a gente espera as enquadrar na categoria de “melhores”. Eu não esperava enquadrar minha noite em nenhuma delas. Só queria observar as pessoas. Andava sentindo falta de um contato com o mundo externo, e de alguém servir meu copo.
Pra fugir totalmente dos costumes fui a um bar em outra cidade, aonde meu rosto era menos conhecido. Precisava evitar comprimentos desnecessários. Precisava passar a noite invísivel. Não fazia ideia de como chegar a qualquer lugar, mas graças a tecnologia atual o celular te leva pra qualquer lugar, ou quase.
Cheguei ao meu destino por volta das 22:00. Coloquei os óculos antes de adentrar o recinto. Entrei sem olhar muito os rostos que por mim passavam, precisava imaginar histórias pra todos eles, mas não queria ver ninguém antes de beber algo.
Sentei no canto do balcão, do lado mais escuro propositalmente. Pedi uma cerveja. O cara do bar parecia legal. Sorriu, sem mostrar os dentes ao marcar a cerveja na comanda. Pensei que talvez não tivesse dentes bonitos. Dei um gole longo na garrafa pra ver se espantava meus pensamentos tolos. Vi uma garota linda. Quis pensar em uma história pra ela. Não encontrei nenhuma. Aconteceu a mesma coisa com algumas outras pessoas que olhei. Me senti impotente. Eu já tinha me acostumado a não saber viver histórias, mas, descobri que não conseguia mais inventar histórias pros outros. Já tinha bebido 7 long necks, o efeito começara a dar sinal. Preferi ler o rótulo da cerveja do que pensar em como as coisas podiam ser ruins quando você pensa que não pode piorar. Inclinei o casco apoiado no balcão e forcei as vistas. Não consegui ler muito bem, o ambiente escuro me atrapalhava, ainda que de óculos. Tive vontade de sair dali, de ir pra algum lugar sem ninguém e gritar até perder a vox. Precisava de algum sentido pra vida. De fazer a vida de alguém ganhar sentido. Pedi a conta. Apoiei os cotovelos no balcão, tirei os óculos, passei a mão pelo rosto como se fosse limpar com ela aqueles pensamentos. Não resolveu. Paguei a conta e não quis o troco. O banco era um tanto alto. Desci um pouco desajeitada. Peguei a mochila e me virei, sem delicadeza. O resultado foi um esbarrão que me rendeu, além da vergonha, com certeza um hematoma pra amanhã. Olhei pra cima, pro seu rosto, pra me desculpar. Abri a boca por alguns segundos seguidos e não conseguia me lembrar o que ia dizer. Você sorriu. Eu disse oi. Você disse oi. Eu não perguntei se estava tudo bem. Me virei pra sair depressa dali. Você tocou meu braço. Me virei e tropecei no seu pé. Minha vida definitivamente devia ser um seriado onde todos esperavam minhas atitudes embaraçosas pra rir. Pensando assim pelo menos minha vida tinha algum sentido.
-Já vai? - você disse me olhando como quem não entende nada.
-Já vou! - consegui organizar as palavras com uma velocidade aceitável.
-Fica mais um pouco, tanto tempo que não te vejo, como vai? -falou e deu um gole em seu copo de cerveja.
-Vou bem, e você? - disse com o sorriso mais sem graça do mundo.
Como é que eu podia estar bem? Você embaralhou meus pensamentos desde a nossa primeira conversa. Assaltou me os textos durante tempos e, quando decidi que não podia mais te escrever, criar histórias pra nós dois, eu não sabia mais como voltar atrás.
-Eu to bem, você tem certeza que está tudo bem? - você pareceu preocupado, suas sobrancelhas se curvaram. Seu rosto continuava tão lindo quanto antes, mas a barba havia crescido.
-Não muito, mas passa! - olhei pro chão, pensei em porque ainda estar ali... não fazia sentido. Eu devia ir embora pra sempre.
-Tudo passa, não é? - pediu mais uma cerveja e entregou na minha mão. - até hoje não bebemos juntos...
-É. É. - dei um longo gole, desviei o olhar. - E aí, o que tem feito?
-Ah, o de sempre.
Sorri com a boca encostada no gargalo da garrafa e pensei, então ainda não tempo pra mim. " - Lara Kustrowa
"Tem dias que você simplesmente sai de casa sem rumo, e sem companhia também. Ficam conhecidas como as piores ou melhores noites da vida. Quase sempre a gente espera as enquadrar na categoria de “melhores”. Eu não esperava enquadrar minha noite em nenhuma delas. Só queria observar as pessoas. Andava sentindo falta de um contato com o mundo externo, e de alguém servir meu copo.
Pra fugir totalmente dos costumes fui a um bar em outra cidade, aonde meu rosto era menos conhecido. Precisava evitar comprimentos desnecessários. Precisava passar a noite invísivel. Não fazia ideia de como chegar a qualquer lugar, mas graças a tecnologia atual o celular te leva pra qualquer lugar, ou quase.
Cheguei ao meu destino por volta das 22:00. Coloquei os óculos antes de adentrar o recinto. Entrei sem olhar muito os rostos que por mim passavam, precisava imaginar histórias pra todos eles, mas não queria ver ninguém antes de beber algo.
Sentei no canto do balcão, do lado mais escuro propositalmente. Pedi uma cerveja. O cara do bar parecia legal. Sorriu, sem mostrar os dentes ao marcar a cerveja na comanda. Pensei que talvez não tivesse dentes bonitos. Dei um gole longo na garrafa pra ver se espantava meus pensamentos tolos. Vi uma garota linda. Quis pensar em uma história pra ela. Não encontrei nenhuma. Aconteceu a mesma coisa com algumas outras pessoas que olhei. Me senti impotente. Eu já tinha me acostumado a não saber viver histórias, mas, descobri que não conseguia mais inventar histórias pros outros. Já tinha bebido 7 long necks, o efeito começara a dar sinal. Preferi ler o rótulo da cerveja do que pensar em como as coisas podiam ser ruins quando você pensa que não pode piorar. Inclinei o casco apoiado no balcão e forcei as vistas. Não consegui ler muito bem, o ambiente escuro me atrapalhava, ainda que de óculos. Tive vontade de sair dali, de ir pra algum lugar sem ninguém e gritar até perder a vox. Precisava de algum sentido pra vida. De fazer a vida de alguém ganhar sentido. Pedi a conta. Apoiei os cotovelos no balcão, tirei os óculos, passei a mão pelo rosto como se fosse limpar com ela aqueles pensamentos. Não resolveu. Paguei a conta e não quis o troco. O banco era um tanto alto. Desci um pouco desajeitada. Peguei a mochila e me virei, sem delicadeza. O resultado foi um esbarrão que me rendeu, além da vergonha, com certeza um hematoma pra amanhã. Olhei pra cima, pro seu rosto, pra me desculpar. Abri a boca por alguns segundos seguidos e não conseguia me lembrar o que ia dizer. Você sorriu. Eu disse oi. Você disse oi. Eu não perguntei se estava tudo bem. Me virei pra sair depressa dali. Você tocou meu braço. Me virei e tropecei no seu pé. Minha vida definitivamente devia ser um seriado onde todos esperavam minhas atitudes embaraçosas pra rir. Pensando assim pelo menos minha vida tinha algum sentido.
-Já vai? - você disse me olhando como quem não entende nada.
-Já vou! - consegui organizar as palavras com uma velocidade aceitável.
-Fica mais um pouco, tanto tempo que não te vejo, como vai? -falou e deu um gole em seu copo de cerveja.
-Vou bem, e você? - disse com o sorriso mais sem graça do mundo.
Como é que eu podia estar bem? Você embaralhou meus pensamentos desde a nossa primeira conversa. Assaltou me os textos durante tempos e, quando decidi que não podia mais te escrever, criar histórias pra nós dois, eu não sabia mais como voltar atrás.
-Eu to bem, você tem certeza que está tudo bem? - você pareceu preocupado, suas sobrancelhas se curvaram. Seu rosto continuava tão lindo quanto antes, mas a barba havia crescido.
-Não muito, mas passa! - olhei pro chão, pensei em porque ainda estar ali... não fazia sentido. Eu devia ir embora pra sempre.
-Tudo passa, não é? - pediu mais uma cerveja e entregou na minha mão. - até hoje não bebemos juntos...
-É. É. - dei um longo gole, desviei o olhar. - E aí, o que tem feito?
-Ah, o de sempre.
Sorri com a boca encostada no gargalo da garrafa e pensei, então ainda não tempo pra mim. " - Lara Kustrowa
Agradecida!!
"Maria Marchetti
Me encheu o saco pra voltar a desenhar, agora vou desenhar todo dia e vou ficar te enchendo o saco e te marcando em todos -q mas enfim, nem sabia que hoje era dia do palhaço, então encarem como se fosse uma singela homenagem para todos os palhaços e encarem como se fosse uma homenagem para Lara também, que apesar da coincidência o desenho foi meio que baseado nela hahaha "
Me encheu o saco pra voltar a desenhar, agora vou desenhar todo dia e vou ficar te enchendo o saco e te marcando em todos -q mas enfim, nem sabia que hoje era dia do palhaço, então encarem como se fosse uma singela homenagem para todos os palhaços e encarem como se fosse uma homenagem para Lara também, que apesar da coincidência o desenho foi meio que baseado nela hahaha "
♥
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
...
"Ela sobreviveu. Quando as apunhaladas lhe vieram pelas costas [de quem se menos espera e de quem por mais se espera], deu-se o prazer de sangrar. Ela soube render-se ao chão como quem soube tirar os pés dele para sonhar. Sangrou. Borbulhou de dor.
Chega o mar, seca centímetro a centímetro de sua solidão. Desilusão. Traição. - Seja lá o que for, ela pensou, ele secou. Ela, então, levantou, ainda molhada com resquícios sangrentos e salgados. Ela reergueu-se. Recuou dois passos para trás da praia, olhou a vista, se preencheu de ar e sobreviveu. Pronta para cair de novo, mas sem medo de ser lá do alto."
Chega o mar, seca centímetro a centímetro de sua solidão. Desilusão. Traição. - Seja lá o que for, ela pensou, ele secou. Ela, então, levantou, ainda molhada com resquícios sangrentos e salgados. Ela reergueu-se. Recuou dois passos para trás da praia, olhou a vista, se preencheu de ar e sobreviveu. Pronta para cair de novo, mas sem medo de ser lá do alto."
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
É foda!
Foda é quando você começa
a não saber mais em quê acreditar,
foda é ir dormir e molhar o
travesseiro por não ter pra
quem chorar.
Foda é sentir se oposto ao
apoio e a oposição.
Foda é quando nem o
pleonasmo expressa o
que diz o coração...
Lara Kustrowa 02/10/2014
a não saber mais em quê acreditar,
foda é ir dormir e molhar o
travesseiro por não ter pra
quem chorar.
Foda é sentir se oposto ao
apoio e a oposição.
Foda é quando nem o
pleonasmo expressa o
que diz o coração...
Lara Kustrowa 02/10/2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Confusão... 26 de setembro de 2014 16:27
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, e eu um dia já pensei, não é legal quando alguém se arrepende e volta atrás quanto a decisões do passado. É complicadíssimo, pois acaba desenterrando certos sentimentos, e bagunçando a vida de quem já se organizou após o acontecido. É natural que a gente em algum momento da vida se arrependa de algo que deixou pra trás, eu já me arrependi... Mas as vezes é melhor guardar pra si. Sei lá.
Lara Kustrowa
Lara Kustrowa
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
25 de Setembro, 15:36
Não procuro ninguém pra aceitar minhas imperfeições. Procuro alguém por quem eu tenha vontade de mudar pra melhor. Alguém que valha eu desapegar dos meus defeitos mais graves. Só;
Lara Kustrowa
Lara Kustrowa
25 de Setembro, 10:56

Se me ver competindo por alguma coisa, com absoluta certeza não será pelo afeto de alguém.
Lara Kustrowa
terça-feira, 16 de setembro de 2014
16 de Setembro, 2014. 13:31
Observar as pessoas pode desenvolver em si uma alta percepção e de certa forma inteligência, mas dependendo de quem observas, corre se enorme risco de enlouquecer.
- Lara Kustrowa
- Lara Kustrowa
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
10 de Setembro, 2014 12:22
O asmático carrega 'bombinha' pra dilatar os brônquios. O confuso álcool, pra aliviar o orgulho. Toda vez em que ele começa a sufocar, bebo um pouco. Isso é quase sempre. E aí os sintomas suavizam, consigo falar com quem quero. Outras vezes bebo muito, pra conseguir burlar quase todo ele, tão presente aqui, e consigo ser direta. Mas as vezes, erro a dose, sobrecarrego o organismo, e além da ressaca física, vem a moral...
Lara Kustrowa
Lara Kustrowa
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
4 de Setembro, 17:03
Gente que me trata bem só quando quer alguma coisa faz parte, não só da minha lista negra, como também da minha invocação da seita negra. Muahahahahahaha! Não gostou me põe na fogueira.
3 de Setembro, 8:49 am
Compreensão é igual borracha... Fica menor a cada erro. E as vezes a gente esquece onde enfiou.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Melhor calar...
Eu tenho necessidade de ter alguém pra conversar, mas não quero afastar mais ninguém com minha dor e insanidade.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
8 ou 80
Geralmente quando minha vida profissional flui, a sentimental tá um caos, mas até que é bom não saber o que é uma crise no trabalho...
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Sabe? (...)
Ando sentindo falta de me molhar na chuva, de tomar leite com néscau quente, to com saudade de acordar tarde durante 6 dias seguidos, to com saudade de me molhar com mangueira no quintal, to com saudade de passar horas até enjoar da cara com meu irmão, to com saudade de ir pro mato e depois ficar toda empipocada por causa dos pernilongos, to com saudade de cantar bem alto músicas bregas com os amigos as 4 da manhã na rua e acordar todo mundo, to com saudade de ter alguém que eu possa escrever e não assustar por isso, to com saudade da minha mãe, to com saudade de ir pescar com meu pai, to com saudade de moscar em frente a tela do computador, saudade de ir no cinema, saudade de fazer um bolo, saudade de amores platônicos, saudade de ir pra praça comer algodão doce sem hora pra voltar, saudade de me fotografar, saudade de ter alguém pra fazer cafuné, massagem e ciúme! Saudade de viajar sem destino, saudade de contar a grana pra voltar pra casa! Saudade de dormir na sala, saudade dos campeonatos de guitar hero, saudade de brincar descalça na rua e saudade de queimar o pé por isso... Saudade de cair de bicicleta, saudade de mandar cartas, saudade de ser proibida, saudade de me apaixonar sem medo de arrebentar a cara e as certezas, saudade de beijar escondido, saudade de pular um muro, saudade de comer fruta apanhada na hora, saudade de abraçar, saudade de ganhar flores, saudade de chorar uma dor, saudade de sentir saudade. To morrendo de tanta saudade.
Dia ruim
O amor é um sentimento pros outros. Me crucifiquem, mas não tem graça amar ou ser amado, sem que o mundo todo tome ciência disso.
15 de agosto de 2014, Lara Kustrowa
15 de agosto de 2014, Lara Kustrowa
...
Eu tenho um problema de roteirizar tudo
daí as coisas fogem do meu roteiro
e eu fico como um diretor incompreendido.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Esclarecimento do dia
As vezes meu sorriso até tem nome e uma barba linda, mas a grande maioria das vezes ele independe de um outro alguém... Assim como meus mau estares e tristezas... As vezes é em partes, culpa de um alguém. Em outras é só culpa das minhas escolhas, da falta de sol, do trabalho perdido, da preguiça de ir pra aula, do dedinho na quina do sofá, do trânsito astrológico... É tudo relativo!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Sobre você.
As coisas não estão calmas hoje. Aliás, desde que você chegou nunca mais estiveram.
Eu te vi antes de você me ver... alguns segundos, mas ainda assim antes. Te observei os detalhes, não o movimento em sua bruta forma. Sorri algumas 3 ou 8 vezes enquanto você se embaraçava com uma trava. Disfarcei. Respirei fundo e tive um começo de crise asmática quando percebi que o ar poderia ter ido embora pra sempre naquele momento. Não senti paixão, nem amor, nem nada muito meloso... Só um choque de realidade quando você me deu oi me tirando da observação calada e eu correspondi num meio abraço meio desajeitado. Era totalmente bonito demais pra ser verdade. É clichê, ou não é... (já não sei mais) o seu jeito não era um jeito que eu já havia escrito, imaginado. Meu inconsciente berrou: "-Xiiiiiiiiiiiii, é muito pra você, meu bem!", pedi em resposta que ele gritasse algo que eu ainda não havia visto com meus olhos. Desde ali já tinha gostado do seu cheiro. Doce tortura esperar tanto pra sentir de novo, de perto... Não que eu quisesse que você partisse, nunca quis. Mas ansiei a despedida só pra poder repetir o comprimento do início dizendo adeus... É. E por aí vai... Um dos meus mais graves defeitos consiste em observar e marcar muitos detalhes que me torturam durante tempos depois. Não posso te pedir pra ver isso com outros olhos ou achar legal. Não dá, eu já sei! É estranho, e em alguns casos, um tanto quanto assustador. Eu queria continuar a escrever linhas e linhas sempre aqui, pra você, mas e esse dilema? Escrevo pra quem me lê o que sinto, penso e vejo... ou guardo só pra mim sendo mais que a metade disso tudo muito seu? Caso queira me livrar desse monstro da dúvida, estamos aí.As coisas não estão calmas hoje, mas, por mim elas poderiam ficar assim sem prazo de validade algum.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Acho que mereceu vir pra cá...
Aquela vontade de te dizer oi, mas a preguiça, o mau humor e a dúvida de não saber se tu quer conversar consomem minha iniciativa. -Lara Kustrowa
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Não faz sentido. -Relacionamentos.
"Não tenho mais o que falar. Porque eu despejaria o que eu penso a alguém que não quer entender.
É meu bem. Ficaria mais belo e leve de engolir, caso eu estivesse ciente da sua falta de capacidade. Mas, ambos sabemos que bem longe disso. Você só não quer seguir acompanhado daqui pra frente. Engraçado como a vida sempre girou em torno do que você quis. Quando eu não queria caminhar com companhia, você veio. Se impôs. Te aceitei. Dividi o espaço do passeio. Encontrei meus sorrisos, e dei eles a você. Colhi cada fruto dessa relação, e os comi, podres que já vinham da árvore. Agora você quer atravessar a rua. E eu fico só. Mais uma vez, seja feita a sua vontade. Ao fundo ouço suas explicações, seus motivos inúteis.Final pra algo que bem dizer, nem começou. Não me sinto mal. Sei que você não se sente também. Só precisa se convencer do contrário, afinal, a coração de pedra sou eu. Eu que pensei poder morrer de amor... Engraçado constatar que o amor morreu bem antes do fim. Te olho. Olhar e peito vazios. Na mente um turbilhão. Na bolsa um maço com 19 cigarros. Ali tinham 19 desde quando você, sua asma e sua intolerância ao cheiro deles acesos entraram na minha vida sem pedir licença. A mesa de madeira. Meu copo. Seu copo. As várias latas vazias de cerveja barata. Quente. Amarga. Nada mais amargo que essa sua hipocrisia. É. Ainda que eu quisesse falar, de nada adiantaria. Não hoje. Não agora. Já posso até sentir o sol quente começando a nascer lá fora... Você continua falando. Falando infinitamente da minha falta de tempo, da não vontade de te ver... De como eu sempre disparo a falar. De como tenho mania de dizer e escrever coisas que precisam ser pensadas e repensadas antes de respondidas. Falando de como é ruim escutar minhas reclamações em dias cinzas, e de como é chata a maneira que me agarro ao lápis e ignoro tudo em volta. Procuro um lápis pra agarrar. Nesse momento queria te ignorar completamente. Em lapsos de atenção que te dou, escuto o que parece uma tentativa desesperada de se justificar, seguidas de um pré arrependimento de estar indo embora. Você quer que eu peça pra você ficar. Quantas vezes eu desejei em silêncio o mesmo? Te encaro, tentando dizer com os olhos que não preciso desse show. Eu sei que se eu te disser pra ir embora, e nunca mais voltar, você chora. Fico aflita. Não por nós. Mas por não ter encontrado ainda uma maneira de te fazer calar. Quero sair, ver o sol do lado de fora. Não posso te deixar aqui, falando sozinho. Quero sentir o sol bater. Você não me entende. Preciso de ar fresco. Você grita. Continuo calada. Você reclama uma resposta. Eu ascendo o isqueiro. Apago. Ascendo. Apago. Ascendo. Você toma o isqueiro da minha mão e joga no copo. Dou um gole na cerveja quente. Cerveja com isqueiro. Você diz que não consegue partir. Eu novamente penso em te pedir licença, não peço. Fico procurando maneiras de te fazer entender o que quero dizer, em silêncio. Você reclama sempre de minhas palavras. Do excesso de falas. Você me encara, irritado. Te encaro de volta. Nem assim, de pé, você me intimida mais. Apoio os pés na mesma mesa das latas meio cheias, meio vazias. Derrubo o controle da televisão. Sorrio ao pensar em quanto a televisão assiste de nós. Muito mais que ao contrário. Você pensa que debocho de você, mas na verdade não te escutei. Seu telefone toca. Você atende, ainda em frente a janela. Frestas de sol passam por você e pela cortina. Você logo desliga. Me diz não consegue ir. Passa a mão pelo rosto, cabelos. Tira a jaqueta. Deixa a mala no chão. Eu vasculho a bolsa. Encontro uma caixa de fósforos. Me recordo de que foram irmãos desta caixa que ascenderam aquela vela, no bolo da semana passada. 3 meses de relação. Risco um palito. Está úmido. Tomei chuva com a mesma bolsa. Tento a sorte com mais alguns. Consigo o fogo. Tiro o cigarro do maço e levo a boca. Ascendo o cigarro. Você me olha com os olhos ardendo bem mais que a brasa. Abre a cortina. Tosse. Abre a janela. Pragueja. O sol invade o ambiente. Não tem vento. Só o sol. Você não vai embora. Mais uma promessa descumprida, meu caro. Lembro de tantas vezes que repetiu o mantra: "Ascende esse cigarro, e eu vou embora no mesmo momento, pra sempre!". Acho patético. Observo como os fiapos de poeira se movem lentamente na luz. Dançam uma música composta por seus apelos e meu silêncio. Avisto um lápis. Eu só precisava de inspiração pra escrever, e aí você desaparece, junto com a fumaça. Sou só eu, meus devaneios e as palavras. Volto a mim após 6 ou 7 páginas escritas. Te vejo jogado no mesmo sofá em que me encontro. Me observando com o olhar profundo. Tomo uma decisão e a digo, em voz alta, após minha greve silenciosa: Você pode ir e vir quando quiser, a sua maneira. Quanto a mim, ascendo todos os cigarros que eu quiser. Você sorri. Concorda, e eu te beijo. E aí acontece a lei do eterno retorno."
É meu bem. Ficaria mais belo e leve de engolir, caso eu estivesse ciente da sua falta de capacidade. Mas, ambos sabemos que bem longe disso. Você só não quer seguir acompanhado daqui pra frente. Engraçado como a vida sempre girou em torno do que você quis. Quando eu não queria caminhar com companhia, você veio. Se impôs. Te aceitei. Dividi o espaço do passeio. Encontrei meus sorrisos, e dei eles a você. Colhi cada fruto dessa relação, e os comi, podres que já vinham da árvore. Agora você quer atravessar a rua. E eu fico só. Mais uma vez, seja feita a sua vontade. Ao fundo ouço suas explicações, seus motivos inúteis.Final pra algo que bem dizer, nem começou. Não me sinto mal. Sei que você não se sente também. Só precisa se convencer do contrário, afinal, a coração de pedra sou eu. Eu que pensei poder morrer de amor... Engraçado constatar que o amor morreu bem antes do fim. Te olho. Olhar e peito vazios. Na mente um turbilhão. Na bolsa um maço com 19 cigarros. Ali tinham 19 desde quando você, sua asma e sua intolerância ao cheiro deles acesos entraram na minha vida sem pedir licença. A mesa de madeira. Meu copo. Seu copo. As várias latas vazias de cerveja barata. Quente. Amarga. Nada mais amargo que essa sua hipocrisia. É. Ainda que eu quisesse falar, de nada adiantaria. Não hoje. Não agora. Já posso até sentir o sol quente começando a nascer lá fora... Você continua falando. Falando infinitamente da minha falta de tempo, da não vontade de te ver... De como eu sempre disparo a falar. De como tenho mania de dizer e escrever coisas que precisam ser pensadas e repensadas antes de respondidas. Falando de como é ruim escutar minhas reclamações em dias cinzas, e de como é chata a maneira que me agarro ao lápis e ignoro tudo em volta. Procuro um lápis pra agarrar. Nesse momento queria te ignorar completamente. Em lapsos de atenção que te dou, escuto o que parece uma tentativa desesperada de se justificar, seguidas de um pré arrependimento de estar indo embora. Você quer que eu peça pra você ficar. Quantas vezes eu desejei em silêncio o mesmo? Te encaro, tentando dizer com os olhos que não preciso desse show. Eu sei que se eu te disser pra ir embora, e nunca mais voltar, você chora. Fico aflita. Não por nós. Mas por não ter encontrado ainda uma maneira de te fazer calar. Quero sair, ver o sol do lado de fora. Não posso te deixar aqui, falando sozinho. Quero sentir o sol bater. Você não me entende. Preciso de ar fresco. Você grita. Continuo calada. Você reclama uma resposta. Eu ascendo o isqueiro. Apago. Ascendo. Apago. Ascendo. Você toma o isqueiro da minha mão e joga no copo. Dou um gole na cerveja quente. Cerveja com isqueiro. Você diz que não consegue partir. Eu novamente penso em te pedir licença, não peço. Fico procurando maneiras de te fazer entender o que quero dizer, em silêncio. Você reclama sempre de minhas palavras. Do excesso de falas. Você me encara, irritado. Te encaro de volta. Nem assim, de pé, você me intimida mais. Apoio os pés na mesma mesa das latas meio cheias, meio vazias. Derrubo o controle da televisão. Sorrio ao pensar em quanto a televisão assiste de nós. Muito mais que ao contrário. Você pensa que debocho de você, mas na verdade não te escutei. Seu telefone toca. Você atende, ainda em frente a janela. Frestas de sol passam por você e pela cortina. Você logo desliga. Me diz não consegue ir. Passa a mão pelo rosto, cabelos. Tira a jaqueta. Deixa a mala no chão. Eu vasculho a bolsa. Encontro uma caixa de fósforos. Me recordo de que foram irmãos desta caixa que ascenderam aquela vela, no bolo da semana passada. 3 meses de relação. Risco um palito. Está úmido. Tomei chuva com a mesma bolsa. Tento a sorte com mais alguns. Consigo o fogo. Tiro o cigarro do maço e levo a boca. Ascendo o cigarro. Você me olha com os olhos ardendo bem mais que a brasa. Abre a cortina. Tosse. Abre a janela. Pragueja. O sol invade o ambiente. Não tem vento. Só o sol. Você não vai embora. Mais uma promessa descumprida, meu caro. Lembro de tantas vezes que repetiu o mantra: "Ascende esse cigarro, e eu vou embora no mesmo momento, pra sempre!". Acho patético. Observo como os fiapos de poeira se movem lentamente na luz. Dançam uma música composta por seus apelos e meu silêncio. Avisto um lápis. Eu só precisava de inspiração pra escrever, e aí você desaparece, junto com a fumaça. Sou só eu, meus devaneios e as palavras. Volto a mim após 6 ou 7 páginas escritas. Te vejo jogado no mesmo sofá em que me encontro. Me observando com o olhar profundo. Tomo uma decisão e a digo, em voz alta, após minha greve silenciosa: Você pode ir e vir quando quiser, a sua maneira. Quanto a mim, ascendo todos os cigarros que eu quiser. Você sorri. Concorda, e eu te beijo. E aí acontece a lei do eterno retorno."
A fantástica realidade dos relacionamentos...
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Eu tô...
Tô afim do caos. Tô afim de cortar o cabelo. Tô afim de sair na chuva. Tô afim de ralar o joelho. Tô afim de mais uma tattoo. Tô afim de quebrar o espelho. Tô afim de viajar sem rumo. Tô afim de sair do prumo. Tô afim de adiar o conserto. Afim de aceitar o imperfeito. Tô afim de tomar um porre, e depois disso, pedir mais um gole. Tô a fim de todos os seus beijos. Dos seus desejos mais impuros. Tô afim de pegar a estrada, com você, e mais nada.
Segunda feira eu voltaria...
-Lara Kustrowa, 25 de julho de 2014. 16:00 h.
"... I was looking for a bad boy looking for a bad girl ..." - Rock city, KOL
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Só acho...
Acho que eu brilho muito. Toda sugestão de amizade no meu facebook as pessoas estão de óculos de sol...
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Livre!
domingo, 8 de junho de 2014
8/7/14 00:12 (conto fictício)
Bom, isso é um conto erótico, então caso não esteja preparado a ler, assim não o faça. Seguem algumas músicas em meio a ele, só pra sei lá, criar um clima. Não sou muito boa em escrever contos, então peço desculpas as vezes pela falta de alguma coisa, ou excesso de outra. Boa sorte!
O dia foi realmente ótimo. Mas sentia que a noite ia se superar.
Passei o dia sendo a boa moça que sou. Conhecendo lugares lindos e conhecendo sua família... Um beijo aqui, um amasso ali, porém até agora só faísca.
Aguardávamos ansiosamente que todos fossem embora, já que teríamos outros dias pra eu conhecê-los melhor. Os olhos gritavam mesmo era pra conhecer e reconhecer aquele corpo ali, pulsando a todo breve contato.
A espera foi longa. Quando partiram o ar ficou denso. Estávamos a sós e queimávamos de um desejo intenso e silencioso.
Começamos uma nova série de beijos próximos a porta e assim fomos até o sofá. Sem nos sentar e ainda vestidos percorremos o corpo um do outro em busca de algo concreto que se encaixasse tão bem quanto nossas almas. As roupas perderam o sentido. O arrepio dominou me o corpo conforme aquele toque firme, ainda desconhecido se impunha ali.
Suas mãos demonstraram habilidade ao retirar facilmente meu sutiã. Meus peitos queriam sentir sua língua, seus dentes. Ele parecia ter mestrado em expressão corporal. Gemi enquanto ele alternava carícias com mão forte e um roçar de dentes maravilhoso. Chupava. Me deixava de faces rubras e sangue fervilhando.
Sentia me como se, ao tirar a calcinha, eu fosse pingar, derreter pelo tapete da sala.
Ninguém havia descoberto a maneira exata de me soltar e deixar as preliminares me amolecer as pernas. Até então!
Eu queria me abrir, gritar pra ele preencher o espaço que implorava sua presença.
Ele queria prolongar o momento. Disse que tínhamos uma vida inteira pra viver juntos.
Eu tinha pressa. Mas deixei que ele guiasse ao seu tempo. Já dizia me o ditado: em time que está ganhando, não se faz alterações...
Senti seu membro rígido sobre o tecido fino da calcinha quando ele me encostou em seu corpo, de costas pra si, em um abraço possessivo. Malicioso. Beijou me o pescoço, cultuando o momento e as ondas de arrepio que me causava. Teceu uma trilha desses beijos no pescoço e nos ombros. Pareciam pequenos choques, aqueles beijos, enquanto ainda me encochava e explorava meu corpo todo com as mãos.
Parecia ter lido um manual de instruções sobre mim que nem mesmo eu havia tido acesso. Me sentia mais quente sem ao menos saber se isso era possível. Estava com uma certeza maluca de que entraria em combustão a qualquer momento. Deixei de lado a concentração pra não emitir os sons que queriam vir a tona. Os vizinhos que nos perdoassem. Respirava entrecortada, e por mais que quisesse infinitamente a penetração não verbalizei.
Me mordeu com força o ombro direito quando massageou meu clitóris sob o tecido encharcado. Saiu de si.
Me empurrou pro sofá, não esbocei resistência então me posicionou de costas com facilidade. Ele tinha completo domínio da situação. Não tirou minha calcinha. Pareceu ter se esquecido de que era aquele cara com o discurso de todo o tempo do mundo. Entrava e saia com uma violência divina. Eu me sentia totalmente entregue, mas permaneci ali, com as pernas bambas esgotando as migalhas de moça submissa enquanto ele pareceu fazer o impossível quando cada vez ia mais fundo. Cheguei ao orgasmo antes dele. Então escapei de suas investidas e me sentei em sua frente, ele permaneceu em pé. Como podia alguém ser tão bonito?
Provei seu gosto misturado ao meu gozo. Era delicioso. Brinquei de tocar, lamber, chupar. Engasguei algumas vezes, mas não me esqueci de dar atenção a nenhuma parte. Explorei seu membro com a boca até ele me dar o que eu pedia com a língua. Me olhava de cima, segurando forte meu cabelo enquanto eu bebia sua porra quente.
Não disse nada, só me beijou novamente me trazendo de pé junto dele. Nos beijamos por mais algum tempo, o qual não sei precisar, pois fazia até os ponteiros do relógio ficarem confusos ao presenciar aquele momento. Logo percebi ele estar pronto novamente. Sorri entre o beijo e meditei somente "sou grata!" em silêncio.
Dessa vez, ele é quem foi jogado no sofá. Me sentei em seu colo e me movimentei em um ritmo lento, enquanto sugava sua língua suavemente. Eu cravava as unhas nas costas do estofado; Era muita coisa ao mesmo tempo pra prestar atenção... A pegada forte em meu cabelo. A língua numa sinfonia doce em meus lábios. A outra mão se comprimindo em minha coxa. Desisti das costas do sofá e busquei a dele. Me segurei em seu corpo suado e tombei a cabeça pra trás lhe oferecendo o peito. Ele pareceu entender o recado e começou depressa a brincar com a língua e roçar a barba entre eles enquanto eu cavalgava cada vez mais rápido em seu colo. Falei pela primeira vez uma frase compreensível após tanto gemido incompreensível pra anunciar meu orgasmo próximo, que veio acompanhado do dele.
Encostei a cabeça em seu ombro. Fraca. Exausta. Completa. E repeti sua frase de antes: "A vida inteira?" Ele assentiu, então pedi, "Fode comigo a vida inteira?" Ele sorriu e me afagou os cabelos. Depois me abraçou, pra nunca mais soltar.
O dia foi realmente ótimo. Mas sentia que a noite ia se superar.
Passei o dia sendo a boa moça que sou. Conhecendo lugares lindos e conhecendo sua família... Um beijo aqui, um amasso ali, porém até agora só faísca.
Aguardávamos ansiosamente que todos fossem embora, já que teríamos outros dias pra eu conhecê-los melhor. Os olhos gritavam mesmo era pra conhecer e reconhecer aquele corpo ali, pulsando a todo breve contato.
A espera foi longa. Quando partiram o ar ficou denso. Estávamos a sós e queimávamos de um desejo intenso e silencioso.
Começamos uma nova série de beijos próximos a porta e assim fomos até o sofá. Sem nos sentar e ainda vestidos percorremos o corpo um do outro em busca de algo concreto que se encaixasse tão bem quanto nossas almas. As roupas perderam o sentido. O arrepio dominou me o corpo conforme aquele toque firme, ainda desconhecido se impunha ali.
Suas mãos demonstraram habilidade ao retirar facilmente meu sutiã. Meus peitos queriam sentir sua língua, seus dentes. Ele parecia ter mestrado em expressão corporal. Gemi enquanto ele alternava carícias com mão forte e um roçar de dentes maravilhoso. Chupava. Me deixava de faces rubras e sangue fervilhando.
Sentia me como se, ao tirar a calcinha, eu fosse pingar, derreter pelo tapete da sala.
Ninguém havia descoberto a maneira exata de me soltar e deixar as preliminares me amolecer as pernas. Até então!
Eu queria me abrir, gritar pra ele preencher o espaço que implorava sua presença.
Ele queria prolongar o momento. Disse que tínhamos uma vida inteira pra viver juntos.
Eu tinha pressa. Mas deixei que ele guiasse ao seu tempo. Já dizia me o ditado: em time que está ganhando, não se faz alterações...
Senti seu membro rígido sobre o tecido fino da calcinha quando ele me encostou em seu corpo, de costas pra si, em um abraço possessivo. Malicioso. Beijou me o pescoço, cultuando o momento e as ondas de arrepio que me causava. Teceu uma trilha desses beijos no pescoço e nos ombros. Pareciam pequenos choques, aqueles beijos, enquanto ainda me encochava e explorava meu corpo todo com as mãos.
Parecia ter lido um manual de instruções sobre mim que nem mesmo eu havia tido acesso. Me sentia mais quente sem ao menos saber se isso era possível. Estava com uma certeza maluca de que entraria em combustão a qualquer momento. Deixei de lado a concentração pra não emitir os sons que queriam vir a tona. Os vizinhos que nos perdoassem. Respirava entrecortada, e por mais que quisesse infinitamente a penetração não verbalizei.
Me mordeu com força o ombro direito quando massageou meu clitóris sob o tecido encharcado. Saiu de si.
Me empurrou pro sofá, não esbocei resistência então me posicionou de costas com facilidade. Ele tinha completo domínio da situação. Não tirou minha calcinha. Pareceu ter se esquecido de que era aquele cara com o discurso de todo o tempo do mundo. Entrava e saia com uma violência divina. Eu me sentia totalmente entregue, mas permaneci ali, com as pernas bambas esgotando as migalhas de moça submissa enquanto ele pareceu fazer o impossível quando cada vez ia mais fundo. Cheguei ao orgasmo antes dele. Então escapei de suas investidas e me sentei em sua frente, ele permaneceu em pé. Como podia alguém ser tão bonito?
Provei seu gosto misturado ao meu gozo. Era delicioso. Brinquei de tocar, lamber, chupar. Engasguei algumas vezes, mas não me esqueci de dar atenção a nenhuma parte. Explorei seu membro com a boca até ele me dar o que eu pedia com a língua. Me olhava de cima, segurando forte meu cabelo enquanto eu bebia sua porra quente.
Não disse nada, só me beijou novamente me trazendo de pé junto dele. Nos beijamos por mais algum tempo, o qual não sei precisar, pois fazia até os ponteiros do relógio ficarem confusos ao presenciar aquele momento. Logo percebi ele estar pronto novamente. Sorri entre o beijo e meditei somente "sou grata!" em silêncio.
Dessa vez, ele é quem foi jogado no sofá. Me sentei em seu colo e me movimentei em um ritmo lento, enquanto sugava sua língua suavemente. Eu cravava as unhas nas costas do estofado; Era muita coisa ao mesmo tempo pra prestar atenção... A pegada forte em meu cabelo. A língua numa sinfonia doce em meus lábios. A outra mão se comprimindo em minha coxa. Desisti das costas do sofá e busquei a dele. Me segurei em seu corpo suado e tombei a cabeça pra trás lhe oferecendo o peito. Ele pareceu entender o recado e começou depressa a brincar com a língua e roçar a barba entre eles enquanto eu cavalgava cada vez mais rápido em seu colo. Falei pela primeira vez uma frase compreensível após tanto gemido incompreensível pra anunciar meu orgasmo próximo, que veio acompanhado do dele.
Encostei a cabeça em seu ombro. Fraca. Exausta. Completa. E repeti sua frase de antes: "A vida inteira?" Ele assentiu, então pedi, "Fode comigo a vida inteira?" Ele sorriu e me afagou os cabelos. Depois me abraçou, pra nunca mais soltar.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Viajar no teu corpo...
(5 de Junho de 2014, Lara Kustrowa)
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Vaga
Você, que tem capacidade de aturar minha carga poética e emocional, envie já seu curriculum. Obrigada.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Sobre eu não me sentir interessada.
Eu gosto do além, de muito tempero, muita pimenta. E o seu problema não é um caso grave... É só um fato de você ser meio sem sal.
...
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Enterrei ou plantei?
"O problema é quando você acha que enterrou, mas na verdade só fez o plantio. - Lara Kustrowa"
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Até mais (?)
Desculpa, mas foi preciso. Não ando com o estoque de paciência preenchido. Eu sei. Eu sei que são coisas pequenas, que são irrisórias. Mas só o são separadamente. No fim das contas você fode meu lucro. E eu gastei toda minha paciência aos poucos com uma única pessoa. Não foi por mal, eu juro. Mas não posso mais ser teu posto de energia. Não posso reabastecer suas esperanças de viver feliz se você queima todo o combustível pra acender somente um cigarro. Eu gosto de mudanças, mas tem coisas que são possíveis mudar e mudar e mudar estando ali, em sua essência, elas mesmas sempre.
Espero que tenhamos uma boa vida. A porta está realmente aberta, não to dizendo por dizer. É. Eu não consigo. Porque parar? Falar com várias analogias me ajuda a explicar e quem sabe assim você entenda. Eu não quero viver de restos ou migalhas. Não quero juntar e re juntar os cacos da tua mente quando as pessoas a sua volta não tem maturidade, paciência e sentimento suficiente pra isso. Não. Não quero mais. Sim, eu ainda gosto de você. Não. Não acho que o amor resiste a tudo. O amor morre. É como uma planta. Eu posso plantar a semente altas e vezes e você esquecer de aguar, ainda assim ele vai existir. É. Vai. Sempre chove. Você não precisa nem molhar. Mas é impossível, meu caro, minha semente brotar em terra pobre. Eu preciso que sua terra seja fértil, que tenha adubo... E isso, ó... Me parece que não é parte da sua prioridade.
Você tem absolutamente todo e qualquer direito de viver com alguém e ser vazio. Se sentir vazio cercado de pessoas. E eu, eu meu amor, tenho direito de te deixar aí e ir procurar alguém pra preencher essa parte tão confusa e confortável aqui na minha breve existência.
Achei que tu tinha entendido que era pra vir junto. Aí vi que tu era pior que eu em entender sinais. Te chamei com todas as palavras e acabei por notar que você não vem agora. Sinto muito, mas não vou te pegar pela mão e trazer. Não mesmo. Tu já passou da idade. E ó, cuidado. Se algum dia tu quiser se preencher de algo que valha a pena talvez esse algo já não tenha mais espaço pra você.
É assim. E assim será.
Até mais, barbudo.
Espero que tenhamos uma boa vida. A porta está realmente aberta, não to dizendo por dizer. É. Eu não consigo. Porque parar? Falar com várias analogias me ajuda a explicar e quem sabe assim você entenda. Eu não quero viver de restos ou migalhas. Não quero juntar e re juntar os cacos da tua mente quando as pessoas a sua volta não tem maturidade, paciência e sentimento suficiente pra isso. Não. Não quero mais. Sim, eu ainda gosto de você. Não. Não acho que o amor resiste a tudo. O amor morre. É como uma planta. Eu posso plantar a semente altas e vezes e você esquecer de aguar, ainda assim ele vai existir. É. Vai. Sempre chove. Você não precisa nem molhar. Mas é impossível, meu caro, minha semente brotar em terra pobre. Eu preciso que sua terra seja fértil, que tenha adubo... E isso, ó... Me parece que não é parte da sua prioridade.
Você tem absolutamente todo e qualquer direito de viver com alguém e ser vazio. Se sentir vazio cercado de pessoas. E eu, eu meu amor, tenho direito de te deixar aí e ir procurar alguém pra preencher essa parte tão confusa e confortável aqui na minha breve existência.
Achei que tu tinha entendido que era pra vir junto. Aí vi que tu era pior que eu em entender sinais. Te chamei com todas as palavras e acabei por notar que você não vem agora. Sinto muito, mas não vou te pegar pela mão e trazer. Não mesmo. Tu já passou da idade. E ó, cuidado. Se algum dia tu quiser se preencher de algo que valha a pena talvez esse algo já não tenha mais espaço pra você.
É assim. E assim será.
Até mais, barbudo.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
ô barbudo, chega aqui.
terça-feira, 8 de abril de 2014
Processo em andamento... Aguarde.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Sobre mim, Lara.

E não espere que eu vá dizer, entre, seja bem vindo! Não é e nunca foi meu tipo. Eu vou abrir a porta, te dizer com o olhar. Não sou boa em me expor com palavras, mas se eu abrir a porta e você entender o sinal eu prometo que me esforço pra ser boa anfitriã.
sábado, 29 de março de 2014
Encontrei!
Achei aqui, fuçando no guarda roupa aquela menina maluca que pinta o cabelo e não esquenta caso caia e tenha que usar peruca. -Lara Kustrowa
segunda-feira, 24 de março de 2014
Fechado
-Hei moço, espera! Aonde fica aquele lugar onde eu posso ser eu mesma? Ah. Obrigada.
- Fechou há uns 3 anos.
- Fechou há uns 3 anos.
16/03/2014
A gente ganha alguns hematomas de uma noite pra outra. E algumas feridas na alma também. -Lara Kustrowa.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Conto erótico*
Sem experiência no ramo, escrevi o conto e resolvi postar. O conteúdo é adulto, e fictício.

Algumas pessoas nascem destinadas a ter uma conexão de
amizade. Esse com toda a certeza não era o caso deles. Suportavam-se socialmente, tentavam dialogar, mas o assunto
sempre tinha algo de tenso, de denso e por fim sempre caia em alguma discussão
que lhes rendiam um longo tempo sem se falar. Por conta dos insultos despejados
de suas bocas com tanto descaso, passado um tempo, criaram alguma proximidade
superficial. Os amigos eram comuns. Mas naquela noite as coisas seriam
diferentes. O destino se preparava pra mais uma sessão de suas comédias
trágicas.
Não que eles soubessem, afinal, ele nem acreditava nessas coisas de “destino” . E ela, apesar de
acreditar jamais imaginara que por baixo de todas aquelas cinzas havia brasa
quente, pronta pra queimar qualquer coisa que ali tocasse, pelo menos não com
ele.
Ela nunca gostou de combinar. Não hesitou em escolher o sutiã
preto, que lhe realçava os seios pálidos e nem tão fartos. A calcinha rosa
teria até um toque infantil se não fosse sua renda e seu corte meticulosamente
perfeito pra se encaixar no corpo.
Ela era simples, mas mulher. Preocupou-se em se vestir pra
chamar atenção. Sabia que seria um encontro de amigos, mas precisava ser
desejada. Escolheu um salto, uma saia de couro e uma blusa que deixava seus
ombros a mostra, e por sua vez, as tatuagens.
Ele não pensou a respeito. Vestiu sem premeditar seus jeans
de sempre, a camiseta polo e o relógio. Por fim o perfume. Não precisava de
maquiagem. A barba lhe emoldurava o sorriso com precisão.
De cara já começaram a noite implicando. Para o bem comum
dos ali presentes ela ficou no banco traseiro,
e ele dirigindo. Saíram pra um bar novo, “El inferno”.
Ambiente interessante, gente intrigante, dia estressante, os
olhares que todos lhe davam, menos ele, desconcertante. Angustiante. Ele nem era tão bom assim, ela pensava entre
uma piada e outra. Levantou-se para ir ao banheiro, ainda sóbria, e não pode
deixar de ouvir o comentário.
- Tá gostosa hoje né? – disse o amigo do banco de trás.
- É gostosa! – Completou o do passageiro.
Deu um gole no uísque e emendou, ele, o intocável – Ela é
tão chata, mas tão chata que nem me dá tesão! – e sorriu, porque sabia que ela
tinha ouvido.
Ela disfarçou não ter ouvido nenhuma parte da conversa,
continuou fuçando no celular enquanto falavam, e depois daquele comentário foi
mesmo até o banheiro. Chocada. Aquele realmente não era o seu dia.
Ela geralmente não se importava com ele e suas colocações
ridículas a seu respeito, mas de todas as vezes que ele foi rude, em que a
deixou tirada perante os amigos, aquela deveras era a pior. Começou até a
desconfiar da lógica do Leoni, onde garotos não resistem a seus mistérios, e
nunca dizem não. Aquele era o ponto de partida. O alvo impossível é o que
excita mais.
Voltou do banheiro, não ofendida. Mas com o batom retocado,
ofendendo assim as outras bocas ali presentes. Nenhuma tinha o vermelho de seus
lábios que eram harmônicos com a cor do cabelo. Voltou com necessidade de
afirmação. Com o ego precisando de auto afirmar.
Notou dois pares de olhos que já a observavam antes. Mas era
os dele que ela queria.
Ele notou o olhar quente da garota intragável. Achou que
fosse alguma nova implicância. O modo que ela tomava o 3º shot de tequila o
encarando dizia o contrário. Ele achou que era efeito do seu uísque, que era
imaginação. Mas aquela mão displicente que o tocava toda hora ela sabia ser bem
real.
O segundo amigo, que nesse momento fazia o mesmo papel de
figuração ali que o 1º se sentiu mal. Disse que foi pela bebida, mas era claro
que o que deixava qualquer um tonto era a atmosfera da ruiva ali presente.
Chamou um táxi e se despediu. A noite continuou.
Ficaram então os três ali, entre olhares, doses e tensão. O
mundo parecia só deles.
Nunca é legal ver alguém jogando um game se você tem vontade
de pegar o controle e jogar você. O primeiro amigo sugeriu que estava tarde.
Ela negou.
Levantou da mesa ciente que sua saia havia subido, não fez
questão de arrumar. Foi até o balcão e pediu a bebida da casa. No retorno foi
abordada por um cara que aproveitou –se da falta de espaço pra se locomover lhe
falando ao pé do ouvido. Ela não tinha interesse. Desvencilhou-se e voltou pra
mesa!
Ele nem esperou ela se sentar.
-Abaixa essa saia quando levantar retardada.
- Qualé vitão, deixa ela.
- É Vitão, to te incomodando?
Bebeu e por um longo tempo co existiu. Eles conversavam
sobre algo desinteressante. Ela só conseguia prestar atenção na boca dele.
Precisava de champagne com morango, anunciou –Vou ao bar, querem algo?
-Só que você arrume essa saia.
Ela sorriu, levantou a sobrancelha esquerda e foi caminhando
lentamente, sem arrumar a saia. Não conseguiu se afastar muito da mesa. Foi impedida por um inconveniente que não a
deixava passar. Tentou algumas vezes, mas já estava um pouco mais vulnerável
por conta da bebida.
Ele parou de prestar atenção na conversa do amigo e
observava atento.
O cara a puxou pela cintura. Ela envergou o corpo pra trás,
tentando se soltar. O cara colocou a
outra mão por cima da saia, mas na bunda dela.
Foi então que ele resolveu ir até lá.
-Solta ela!
-Tá preocupado com a vadia?
Ela só admitia ser chamada assim na cama. Encheu os olhos de
lágrima.
Ele falou com os dentes trincados.
-Tira a mão dela.
Ele soltou. Seu 1 metro e 97 eram intimidantes. Ela quase perdeu o equilíbrio, mas só ficou
atrás dele.
-Tu tá ficando louco? Tá vendo que ela não quer e tá se
aproveitando da sua força? – nele havia uma vontade de continuar a confusão.
Ela colocou a mão no ombro dele.
-Tá tudo bem, calma, me leva embora? – ele não se acalmou.
Ele deu um soco no nariz do cara, que não revidou, para seu
desprazer. Virou-se pra ela, já
assustada, e gritou.
- EU NÃO FALEI PRA ARRUMAR A PORRA DA SAIA?
Ela não reconheceu o olhar, tentou arrumar a saia ali mesmo,
mas foi impedida pelo puxão que levou no braço.
Saiu sem falar mais nenhuma palavra. O amigo acompanhou
assustado. Ele abriu a porta do passageiro e a enfiou no carro. Dirigia a uma
velocidade alta e fazia as curvas com precisão, mas ainda assim ela sentia
medo.
Deixou o amigo em casa, não se despediram. Tocou o carro
cantando pneus.
Parou em frente a própria casa. Desligou o carro e desceu.
-Não vai me levar pra casa? – ela se indignou.
- Achei que eu já tivesse tido trabalho demais por uma noite
com você.
- Poxa Vitor, como eu vou pra casa essa hora com essa roupa?
É perigoso.
- Se chegar viva, aproveita e compra umas saias normais. As putas precisam
de roupa pra trabalhar.
Ela encheu a mão e soltou em seu rosto. Arrependeu-se
milésimos de segundo após, quando ele a jogou contra o portão e lhe segurou as
mãos acima da cabeça. O olhar ainda aquele, irreconhecível. A respiração
acelerada.
A sensação não era mais definida. Não sabia que espécie de
medo era aquele. Mas sabia que estava úmida entre as pernas, além dos olhos.
Abriu a boca e sussurrou desculpas, mas
o olhar a traiu. Ela só olhava a boca dele. Todos seus movimentos. Ele
percebeu.
Sorriu.
-Era essa sua intenção, vadia? –disse separando as duas
pernas dela com a mão livre. Colocou a mão entre as coxas sem menor
dificuldade. – Isso te excita?
Ela não sabia o que responder. Odiava quando a deixavam sem
argumentos.
Ele tirou as mãos. Ela não se moveu. Ele abriu o portão. Não
perguntou se ela queria entrar. Só a puxou e assim o fez até o quarto. Ela
sabia que ele não era lá muito sensível, mas também não pensou estar provocando
um Neandertal. Aquilo era uma sensação completamente diferente. Ela era dominadora.
Se sentir dominada era novidade. Ela gostava. Os arrepios pelo corpo não
negavam. Nem ela. Só se deixava levar. Não disse uma palavra.
Ele sentou na cama e ela permaneceu a sua frente, o
encarando. Ele abriu o zíper da saia e a puxou até os joelhos. A gravidade
ajudou com o resto do caminho. Ela permaneceu imóvel. Ele se levantou. Deu a
volta e a encoxou. Beijou seu ombro exposto.
Mordeu seu pescoço. Ela sentia seu membro mesmo de calça rijo.
Suspirou. Ele a virou arrancou lhe a blusa, a segurou pelos
cabelos e a beijou. Daí em diante não pareciam mais se odiarem. O quarto estava
quente. Ela se entregou. Arrancou a camisa dele. Desabotoou o jeans e terminou
de tirar a sua blusa. Ele abriu o sutiã, sugou os peitos com força, mordeu,
segurou com vontade. Desceu as mãos pela lateral do corpo dela, levou com elas
a calcinha rosa, já sem nenhuma utilidade.
Se ajoelhou, ela separou as pernas prevendo o que
aconteceria. Ele era um deus com a língua; Ela sentia a onda de calor passar
por todo o corpo e desestabilizar os joelhos e os pés, ainda de salto. Puxava
seu cabelo enquanto ele a chupava. Ela queria ele dentro dela. Já não bastava
somente a língua. Ele fazia uma sinfonia com os dedos e a língua.
Ele não queria que ela gozasse tão depressa. Parou abruptamente,
a jogou na cama. Terminou de tirar o que restava. Meias e cueca. Deixou ela o
chupar. Era uma puta, gulosa. Se
inclinou sobre ela e a beijou novamente. Não se importou com proteção. Nem com
carinho. Meteu pra dentro com força, e sem dó. Ela inclinou o corpo pra frente,
a cabeça pra trás, os olhos fechados, um sorriso meio formado na boca. Já não
controlava seus sons. Eles respiravam sexo. Ela pedia pra ele a foder com mais
força, pra machucar. Se mexia em baixo dele. Gemia.
Ele gostava de ver ela implorando. Entrava e saia devagar só
pra ver ela se contorcer, implorar por rapidez e força, gemer a cada entra e
sai. Mandou-a ficar de quatro. Ela não hesitou. Virou-se na hora. Era uma visão
interessante a ver de bunda empinada ao invés de “nariz empinado”. Ela sabia
como ficar de quatro. Ele tinha uma tara por mulheres de salto. Ela por
apanhar. Ele encaixou uma das mãos na cintura e ao mesmo tempo em que ia a
puxava de encontro a si. Cada vez com mais força, mais tesão. Com a outra mão
em vezes a puxava pelo cabelo, batia em sua bunda. Deixava sua marca em todos
os lugares daquele corpo branco, cheio de rabiscos.
Não pediu, só passou a cabeça do pau em seu cuzinho virgem,
ela já sabia o que viria. Empinou o rabo um pouco mais. Ele meteu com cuidado,
e ela gemia de dor e prazer. Ele a comeu com dez talheres. Gozou gostoso.
Ficaram sem forças pra mais algum round, mas se sentiam satisfeitos.
Ele esperou ela se trocar, a levou pra casa. Antes de ela
descer do carro se despediram com um beijo no rosto.
Ela desceu. Já era
dia.
Ele abaixou o vidro e disse, - Quando quiser de novo, veste
essa saia.
E ela respondeu, com direito a todo seu sarcasmo habitual, -
Quando quiser de novo, não diga pros seus
amigos que não sente tesão algum
por mim, em qualquer bar.
E ele se foi, sorrindo.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Generalizar é o caralho.
Cada um tem a garota que merece. Essa coisa de "ela só fala palavrão porque já gastou todas suas palavras bonitas..." é relativo. Eu falo palavrão pra Deus e o mundo, mas pra quem merece, destrincho meus versos mais bonitos, com sabor doce e palavras acompanhadas de respeito. Pode até vir um ou outro palavrão no meio, mas o sabor dele não é amargo.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
E aí, será que ainda posso fazer planos?
Quando eu era criança eu comecei a me apaixonar. De começo foi por músicas, depois personagens de novela, livros... E por fim por coleguinhas de escola. Naquela época eu sabia sim fazer planos. E na minha mente eles eram os mais infalíveis, e no meu mundo eu sempre fui mais Cebolinha do que Mônica. Então imagine você o quanto eu errei, o quanto chorei, bati o pé, fiz pirraça... Daí eu fui crescendo e aprendendo. E há alguns anos eu ainda tinha planos... Mas um era pior que o outro e ainda só me faziam chorar ao fim do dia. Passou se mais algum tempo, e aí, sem planos eu descobri que alguém gostava de mim. Adivinha? Eu deletei todos meus infalíveis do cérebro e resolvi interpretar os planos que outro alguém escreveu pra mim. Resumo? Não deu certo mais uma vez... O fim que eu imaginei não era o mesmo do autor, e eu chorei mais uma vez ao ver que o plano tinha um fim com dois caminhos, e que neles já não íamos permanecer de mãos dadas.
Depois disso, isolei os planos. E olha, sem eles as coisas pareciam tão fáceis, iam tão de vento em polpa que eu esqueci eles no meio de alguma caixa, em uma das minhas mudanças distantes. Alguém com certeza os encontrou. E fico feliz se tiver se dado bem com algum deles. Até passei a dar um pouco de defeito, pois sem os planos, passei a escrever roteiros e isso definitivamente não rolou.
Aí então que eu descobri. Não confio no meu taco, e ainda assim tenho o dom de conseguir ser eu mesma, pateta e desajeitada. E graças a bondade cósmica isso me fez conhecer pessoas maravilhosas (algumas nem tanto), com qualidades em comum e defeitos mais comuns ainda pra mim. E até andei achando legal, cada uma dessas pessoas passando por mim, e assim como se entra em museu pra ver certa exposição, elas me observaram, alguns se sentiram bem, felizes, outras vezes angustiados ou tristes. Uns partiram com a lembrança do que sou, e me deixarem com a lembrança do que passou. Alguns outros me apresentaram planos, mas não era cabível a minha arte. Não me movi. E outros mais, me mostraram planos que faria enorme bem a meu interior, mas não receberiam lucro algum. Então minhas cores não se ascenderam a eles.
Os anos continuaram sua corrida, assim como os meses, as semanas, os dias, as horas. E aí, nessa exposição nem mesmo os quadros continuaram na mesma ordem... Essa exposição foi interditada, pois apresentava alto risco a quem a visitasse... Há tempos não se deixava adentrar. Um dia, sem prévio aviso, chegou alguém e entrou. Olhou, olhou... levantou algumas obras que estavam ao chão. Acendeu algumas luzes... Tirou pesos de cima de quadros, e separou algumas telas... Olhou tudo em volta com cuidado. Enxergou as cores que eu lhe permiti enxergar, e descobriu, quando descobriu algumas outras telas que eu ao menos fiz questão de apagá-las. Continuaram ali, com todas suas cores brilhantes nunca antes vistas.
Apreciou a vista, e mostrou se em dúvida sobre o quanto valia a pena a restauração do lugar, das obras. Mostrou a cruel dúvida de não saber se ali poderia voltar a ser seguro, frequentável e se poderia outra vez haver alguma lei. Olhou por longas horas. Girou nos pés sem uma palavra ser dita e partiu. Sem informar a data da volta. Sem saber se vai voltar.
E as obras, a exposição? Ah, ficamos ali, com algumas pequenas mudanças... Aquela onde alguns de meus quadros foram retirados em silêncio do chão. E outras, no agoniante eco do silêncio, que continuou na margem de onde não há planejamento em sua disposição. Desajeitada. Torta. Sem sentido. Esperando ser decifrada por alguém que ali voltar e permanecer. E que seja você, que conseguiu ver além da desordem, as cores. E continuamos aqui, a espera do retorno, para assim fazer parte dos seus possíveis planos e também inclui-lo em nossos próprios, que hão de brotar desta vontade de surgir do que a muito não há.
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