"Ela sobreviveu. Quando as apunhaladas lhe vieram pelas costas [de quem se menos espera e de quem por mais se espera], deu-se o prazer de sangrar. Ela soube render-se ao chão como quem soube tirar os pés dele para sonhar. Sangrou. Borbulhou de dor.
Chega o mar, seca centímetro a centímetro de sua solidão. Desilusão. Traição. - Seja lá o que for, ela pensou, ele secou. Ela, então, levantou, ainda molhada com resquícios sangrentos e salgados. Ela reergueu-se. Recuou dois passos para trás da praia, olhou a vista, se preencheu de ar e sobreviveu. Pronta para cair de novo, mas sem medo de ser lá do alto."
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