Desculpa, mas foi preciso. Não ando com o estoque de paciência preenchido. Eu sei. Eu sei que são coisas pequenas, que são irrisórias. Mas só o são separadamente. No fim das contas você fode meu lucro. E eu gastei toda minha paciência aos poucos com uma única pessoa. Não foi por mal, eu juro. Mas não posso mais ser teu posto de energia. Não posso reabastecer suas esperanças de viver feliz se você queima todo o combustível pra acender somente um cigarro. Eu gosto de mudanças, mas tem coisas que são possíveis mudar e mudar e mudar estando ali, em sua essência, elas mesmas sempre.
Espero que tenhamos uma boa vida. A porta está realmente aberta, não to dizendo por dizer. É. Eu não consigo. Porque parar? Falar com várias analogias me ajuda a explicar e quem sabe assim você entenda. Eu não quero viver de restos ou migalhas. Não quero juntar e re juntar os cacos da tua mente quando as pessoas a sua volta não tem maturidade, paciência e sentimento suficiente pra isso. Não. Não quero mais. Sim, eu ainda gosto de você. Não. Não acho que o amor resiste a tudo. O amor morre. É como uma planta. Eu posso plantar a semente altas e vezes e você esquecer de aguar, ainda assim ele vai existir. É. Vai. Sempre chove. Você não precisa nem molhar. Mas é impossível, meu caro, minha semente brotar em terra pobre. Eu preciso que sua terra seja fértil, que tenha adubo... E isso, ó... Me parece que não é parte da sua prioridade.
Você tem absolutamente todo e qualquer direito de viver com alguém e ser vazio. Se sentir vazio cercado de pessoas. E eu, eu meu amor, tenho direito de te deixar aí e ir procurar alguém pra preencher essa parte tão confusa e confortável aqui na minha breve existência.
Achei que tu tinha entendido que era pra vir junto. Aí vi que tu era pior que eu em entender sinais. Te chamei com todas as palavras e acabei por notar que você não vem agora. Sinto muito, mas não vou te pegar pela mão e trazer. Não mesmo. Tu já passou da idade. E ó, cuidado. Se algum dia tu quiser se preencher de algo que valha a pena talvez esse algo já não tenha mais espaço pra você.
É assim. E assim será.
Até mais, barbudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário