quinta-feira, 8 de junho de 2017

Vai e vem...

Em um momento tudo está contido, não sou solúvel apesar de frágil.
No próximo, a pressão aumenta e mesmo que minha parede seja espessa, ela trinca deixando minha fragilidade exposta. É tudo muito rápido, eu não posso conter. Meu conteúdo empurra uma parte de mim pra cada lado, e agora, quebrada eu não resisto. Me parto primeiro em dois, mas quando colido com o chão sou partes minúsculas espalhadas entre o ácido derramado.
Ninguém vai recolher.
A área é interditada. Cada pequena parte reflete a outra, e nesse momento eu não sou mais nada. Tudo se corrói, exceto meus fragmentos; Eu volto a ter significado quando você passa por mim, tão tranquilo que esquece seus pés descalços.
24-05-17

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