Eu odeio isso. Eu odeio esse assalto ridículo de tudo que eu penso.
Eu detesto querer algo que todo mundo quer. Eu odeio o mainstream. Você é tão mainstream sem querer. Eu odeio como você é indiferente a tudo, e tão bonito.
E odeio pensar em tudo que odeio em você, e ainda assim saber que te amar te odiando tanto significa que eu to completamente perdida. Perdida. Eu nunca liguei pra estar perdida. Você sabe tanto onde está, e eu que nunca sei aonde eu to nem pra onde vou, de vez em quando penso que to na tua. Só penso. Você some. Onde você tá?
Agora, onde você tá? Eu sempre quero saber. Te quero por perto, porque assim me sinto segura. E eu sei que não devia... qual laço liga a gente? Qualquer que seja, ele pode desatar... se desgastar... ser cortado. Sei disso porque é o que sempre acontece. Mas você faz o meu sempre se embaralhar, porque quando é você, sempre é uma surpresa.
Confortável é como me sinto em relação a confiar em você e, ao mesmo tempo que isso me faz ter um porto seguro, é também minha maior fraqueza, já que eu sou completamente vulnerável a suas ações. Mas não quero pensar nisso. E eu deveria...
Eu não quero pensar em você assim. Eu sou adulta agora. Você é adulto agora. Eu não sou o que você quer, e eu quero que você tenha o que deseja. Acho que cê fica com um brilho estranho, que eu não sei descrever quando tem algo que quer. Eu gosto disso em você. Dos seus momentos que destoam do seu descaso habitual. Eu não quero e nem posso te causar satisfação, eu gosto de provocar seu outro lado, aquele indignado de como eu posso ser terrivelmente teimosa e insistente, as vezes estúpida. Esse também destoa da sua linha não tênue. É isso que é interessante. Sua linha não é tênue, não é pra ser digerida. Precisa-se de muito pra te fazer vibrar pouco. É sempre um puta desafio. É como um jogo daqueles que é mais seguro observar, que jogar. Vou dizer que to embaralhando tudo, mas você sabe que eu sempre faço e falo isso...
Eu tenho asco de silêncios, mas de vez em quando eu consigo gostar. De vez em quando, acontece enquanto você dirige. São sempre poucos segundos, porque eu não gosto de pra onde meus pensamentos me levam. Ou gosto, mas não quero estar lá. Não sozinha. Não sei se já te contaram, mas é como circular o abstrato. A concentração física. Acho legal. Também gosto do brilho dos anéis e do contraste da pele branca com a direção. E do seu rosto de perfil. E é por isso que odeio quando você vem com onomatopeias, porque não é sobre esses silêncios bonitos... e sim daquele tipo horrível que planta setenta e três coisas ruins na minha mente.
E refletindo sobre o que disse... sobre ninguém ficar muito tempo na sua vida, eu já te disse que as pessoas são culpadas e fracas, mas você é um puta sádico do caralho. Eu me identifico um pouco com isso de afastar as pessoas mas, de maneira diferente.
Estar perto de você é sempre testar limites... do que se pode aguentar, sentir e suportar. Também de quanto você pode gostar de alguém. Como te acho absurdamente indiferente, provável que seja natural esse seu jeito de selecionar quem segue do teu lado. Poucos ficam. Muitos se desintegram.
No meu caso, eu não confio em ninguém pra ficar. Nem que alguém vá ficar. Nem que queira ficar... eu fico agindo de maneiras ilimitadas pra ver o quanto aguentam antes de desistir. No fundo, talvez eu queira que todos desistam só pra provar que eu to certa.
É ridículo admitir isso.
A analogia é que você é um buraco negro, e eu um furacão.
Você engole o que destrói e transforma em nada. Eu deixo a bagunça visível, é possível reconstruir...
Eu to escrevendo, porque não quero falar disso com você, olha que irônico...
Eu me senti culpada por alguém que não é tão ligado a você se sentir preocupado com o que escreve, e eu enxergar de uma forma triste, mas linda. Sinceramente eu não me preocupei com aqueles textos no sentido da palavra preocupação mesmo. Eu acho que muito do que escreve é um pouquinho do seu néctar. Nem todo mundo precisa ter gosto doce... nem todo mundo tem que espalhar glitter e colocar flores em canos de armas pra ficar bem na foto.
Talvez eu seja tão egoísta que tenho um ideal incrível sobre você, e me preocupar com sua escrita te consumindo esteja longe do meu olhar... mas sinceramente, eu não consigo assimilar essa ideia com o fato de quanto eu me importo com você.
Mas quando você diz hms ou não quer me dizer o porque você mesmo se sente preocupado (eu até sou meio inteligente, mas você é um enigma de solução não publicada) eu fico perdida. Eu tenho medo de por isso te afastar. De te perder (?)
E pra me confortar, eu penso, ele só pode tá brincando de me torturar... mas aí eu conflito com a ideia de que sou tão imbecil que quero fugir da realidade só pra me convencer que ta tudo bem. Só porque não sou tão forte quanto você.
Eu não sou muito boa nessa coisa de ser amiga. Eu sei que sou boa com confiança. Mas tem outros detalhes, né?
Não sou muito boa em não misturar as coisas também.
E sou bem ruim em como quero proteger quem eu gosto do que talvez não queiram ou não precisem de proteção. Enfim...
To aqui "falando" sozinha. Brigando sozzinha. É hora de consertar o que eu deixei ficar errado. Escrever faz tudo parecer mais real, não posso segurar as lágrimas enquanto escrevo. Mas é isso... no fim das contas eu preciso esvaziar pra me re organizar. Eu também espero que fique. 07/06/17
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