sexta-feira, 25 de abril de 2014

Até mais (?)

Desculpa, mas foi preciso. Não ando com o estoque de paciência preenchido. Eu sei. Eu sei que são coisas pequenas, que são irrisórias. Mas só o são separadamente. No fim das contas você fode meu lucro. E eu gastei toda minha paciência aos poucos com uma única pessoa. Não foi por mal, eu juro. Mas não posso mais ser teu posto de energia. Não posso reabastecer suas esperanças de viver feliz se você queima todo o combustível pra acender somente um cigarro. Eu gosto de mudanças, mas tem coisas que são possíveis mudar e mudar e mudar estando ali, em sua essência, elas mesmas sempre.
Espero que tenhamos uma boa vida. A porta está realmente aberta, não to dizendo por dizer. É. Eu não consigo. Porque parar? Falar com várias analogias me ajuda a explicar e quem sabe assim você entenda. Eu não quero viver de restos ou migalhas. Não quero juntar e re juntar os cacos da tua mente quando as pessoas a sua volta não tem maturidade, paciência e sentimento suficiente pra isso. Não. Não quero mais. Sim, eu ainda gosto de você. Não. Não acho que o amor resiste a tudo. O amor morre. É como uma planta. Eu posso plantar a semente altas e vezes e você esquecer de aguar, ainda assim ele vai existir. É. Vai. Sempre chove. Você não precisa nem molhar. Mas é impossível, meu caro, minha semente brotar em terra pobre. Eu preciso que sua terra seja fértil, que tenha adubo... E isso, ó... Me parece que não é parte da sua prioridade.
Você tem absolutamente todo e qualquer direito de viver com alguém e ser vazio. Se sentir vazio cercado de pessoas. E eu, eu meu amor, tenho direito de te deixar aí e ir procurar alguém pra preencher essa parte tão confusa e confortável aqui na minha breve existência.
Achei que tu tinha entendido que era pra vir junto. Aí vi que tu era pior que eu em entender sinais. Te chamei com todas as palavras e acabei por notar que você não vem agora. Sinto muito, mas não vou te pegar pela mão e trazer. Não mesmo. Tu já passou da idade. E ó, cuidado. Se algum dia tu quiser se preencher de algo que valha a pena talvez esse algo já não tenha mais espaço pra você.
É assim. E assim será.
Até mais, barbudo.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

ô barbudo, chega aqui.




Ô barbudo, vê se me entende. Eu tenho o mar do mundo pra navegar, e tô querendo atracar no teu porto.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Processo em andamento... Aguarde.


Ei, agora que tá assim, espera. Dá um tempinho pra sua mente. Eu só preciso desse pequeno tempo pra tomar coragem. Eu sei que eu pareço a menina mais corajosa do mundo, mas quando o assunto é você acabo perdendo minhas certezas, não é culpa minha, então ó, dá um desconto. Espera. Espera que eu não fui aí, mas to aí. É só questão de auto controle. É. Aquele mesmo que a gente perde quando tá junto. Enfim, me espera. Ao menos pra saber o que eu tenho pra dizer. E me escuta, pra ver se quer que eu tente te fazer bem.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sobre mim, Lara.

É que é quase uma seleção natural. Mas não é sobre quem fica aqui, na varanda, mesmo quando dou motivos pra partir. É sobre os raros que eu vejo pela janela, e abro a porta da frente oferecendo abrigo. É esses, que eu quero comigo que as vezes não se sentem confortáveis e partem. E eu tenho medo de escuro. Então fica cada vez mais difícil. Não é qualquer um daqueles ali, na varanda me pedindo pra entrar que eu aceito. E a noite vai caindo... No escuro a gente não enxerga. E nossa maior fraqueza é aquilo que não podemos ver. Eu só quero alguém que quando eu deixar entrar passe todas as noites, e que se for embora, não faça isso no meio da noite, deixando a porta aberta e meu eu vulnerável. Só. Eu sei que é um baita egoísmo deixar tanta gente no sereno, da porta pra fora. Mas entendam! É por proteção. Não posso ir deixando alguém que eu não sei receber entrar, pisar no meu tapete, sentar no meu sofá e nem oferecer uma xícara de chá. Já pensou se cisma em se instalar? Eu não poderia viver uma farsa com um hóspede que não se encaixa aqui. Só entra e fica quem eu quero. Só vai embora os querem ir. 
E não espere que eu vá dizer, entre, seja bem vindo! Não é e nunca foi meu tipo. Eu vou abrir a porta, te dizer com o olhar. Não sou boa em me expor com palavras, mas se eu abrir a porta e você entender o sinal eu prometo que me esforço pra ser boa anfitriã.