quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Conto erótico*
Sem experiência no ramo, escrevi o conto e resolvi postar. O conteúdo é adulto, e fictício.

Algumas pessoas nascem destinadas a ter uma conexão de
amizade. Esse com toda a certeza não era o caso deles. Suportavam-se socialmente, tentavam dialogar, mas o assunto
sempre tinha algo de tenso, de denso e por fim sempre caia em alguma discussão
que lhes rendiam um longo tempo sem se falar. Por conta dos insultos despejados
de suas bocas com tanto descaso, passado um tempo, criaram alguma proximidade
superficial. Os amigos eram comuns. Mas naquela noite as coisas seriam
diferentes. O destino se preparava pra mais uma sessão de suas comédias
trágicas.
Não que eles soubessem, afinal, ele nem acreditava nessas coisas de “destino” . E ela, apesar de
acreditar jamais imaginara que por baixo de todas aquelas cinzas havia brasa
quente, pronta pra queimar qualquer coisa que ali tocasse, pelo menos não com
ele.
Ela nunca gostou de combinar. Não hesitou em escolher o sutiã
preto, que lhe realçava os seios pálidos e nem tão fartos. A calcinha rosa
teria até um toque infantil se não fosse sua renda e seu corte meticulosamente
perfeito pra se encaixar no corpo.
Ela era simples, mas mulher. Preocupou-se em se vestir pra
chamar atenção. Sabia que seria um encontro de amigos, mas precisava ser
desejada. Escolheu um salto, uma saia de couro e uma blusa que deixava seus
ombros a mostra, e por sua vez, as tatuagens.
Ele não pensou a respeito. Vestiu sem premeditar seus jeans
de sempre, a camiseta polo e o relógio. Por fim o perfume. Não precisava de
maquiagem. A barba lhe emoldurava o sorriso com precisão.
De cara já começaram a noite implicando. Para o bem comum
dos ali presentes ela ficou no banco traseiro,
e ele dirigindo. Saíram pra um bar novo, “El inferno”.
Ambiente interessante, gente intrigante, dia estressante, os
olhares que todos lhe davam, menos ele, desconcertante. Angustiante. Ele nem era tão bom assim, ela pensava entre
uma piada e outra. Levantou-se para ir ao banheiro, ainda sóbria, e não pode
deixar de ouvir o comentário.
- Tá gostosa hoje né? – disse o amigo do banco de trás.
- É gostosa! – Completou o do passageiro.
Deu um gole no uísque e emendou, ele, o intocável – Ela é
tão chata, mas tão chata que nem me dá tesão! – e sorriu, porque sabia que ela
tinha ouvido.
Ela disfarçou não ter ouvido nenhuma parte da conversa,
continuou fuçando no celular enquanto falavam, e depois daquele comentário foi
mesmo até o banheiro. Chocada. Aquele realmente não era o seu dia.
Ela geralmente não se importava com ele e suas colocações
ridículas a seu respeito, mas de todas as vezes que ele foi rude, em que a
deixou tirada perante os amigos, aquela deveras era a pior. Começou até a
desconfiar da lógica do Leoni, onde garotos não resistem a seus mistérios, e
nunca dizem não. Aquele era o ponto de partida. O alvo impossível é o que
excita mais.
Voltou do banheiro, não ofendida. Mas com o batom retocado,
ofendendo assim as outras bocas ali presentes. Nenhuma tinha o vermelho de seus
lábios que eram harmônicos com a cor do cabelo. Voltou com necessidade de
afirmação. Com o ego precisando de auto afirmar.
Notou dois pares de olhos que já a observavam antes. Mas era
os dele que ela queria.
Ele notou o olhar quente da garota intragável. Achou que
fosse alguma nova implicância. O modo que ela tomava o 3º shot de tequila o
encarando dizia o contrário. Ele achou que era efeito do seu uísque, que era
imaginação. Mas aquela mão displicente que o tocava toda hora ela sabia ser bem
real.
O segundo amigo, que nesse momento fazia o mesmo papel de
figuração ali que o 1º se sentiu mal. Disse que foi pela bebida, mas era claro
que o que deixava qualquer um tonto era a atmosfera da ruiva ali presente.
Chamou um táxi e se despediu. A noite continuou.
Ficaram então os três ali, entre olhares, doses e tensão. O
mundo parecia só deles.
Nunca é legal ver alguém jogando um game se você tem vontade
de pegar o controle e jogar você. O primeiro amigo sugeriu que estava tarde.
Ela negou.
Levantou da mesa ciente que sua saia havia subido, não fez
questão de arrumar. Foi até o balcão e pediu a bebida da casa. No retorno foi
abordada por um cara que aproveitou –se da falta de espaço pra se locomover lhe
falando ao pé do ouvido. Ela não tinha interesse. Desvencilhou-se e voltou pra
mesa!
Ele nem esperou ela se sentar.
-Abaixa essa saia quando levantar retardada.
- Qualé vitão, deixa ela.
- É Vitão, to te incomodando?
Bebeu e por um longo tempo co existiu. Eles conversavam
sobre algo desinteressante. Ela só conseguia prestar atenção na boca dele.
Precisava de champagne com morango, anunciou –Vou ao bar, querem algo?
-Só que você arrume essa saia.
Ela sorriu, levantou a sobrancelha esquerda e foi caminhando
lentamente, sem arrumar a saia. Não conseguiu se afastar muito da mesa. Foi impedida por um inconveniente que não a
deixava passar. Tentou algumas vezes, mas já estava um pouco mais vulnerável
por conta da bebida.
Ele parou de prestar atenção na conversa do amigo e
observava atento.
O cara a puxou pela cintura. Ela envergou o corpo pra trás,
tentando se soltar. O cara colocou a
outra mão por cima da saia, mas na bunda dela.
Foi então que ele resolveu ir até lá.
-Solta ela!
-Tá preocupado com a vadia?
Ela só admitia ser chamada assim na cama. Encheu os olhos de
lágrima.
Ele falou com os dentes trincados.
-Tira a mão dela.
Ele soltou. Seu 1 metro e 97 eram intimidantes. Ela quase perdeu o equilíbrio, mas só ficou
atrás dele.
-Tu tá ficando louco? Tá vendo que ela não quer e tá se
aproveitando da sua força? – nele havia uma vontade de continuar a confusão.
Ela colocou a mão no ombro dele.
-Tá tudo bem, calma, me leva embora? – ele não se acalmou.
Ele deu um soco no nariz do cara, que não revidou, para seu
desprazer. Virou-se pra ela, já
assustada, e gritou.
- EU NÃO FALEI PRA ARRUMAR A PORRA DA SAIA?
Ela não reconheceu o olhar, tentou arrumar a saia ali mesmo,
mas foi impedida pelo puxão que levou no braço.
Saiu sem falar mais nenhuma palavra. O amigo acompanhou
assustado. Ele abriu a porta do passageiro e a enfiou no carro. Dirigia a uma
velocidade alta e fazia as curvas com precisão, mas ainda assim ela sentia
medo.
Deixou o amigo em casa, não se despediram. Tocou o carro
cantando pneus.
Parou em frente a própria casa. Desligou o carro e desceu.
-Não vai me levar pra casa? – ela se indignou.
- Achei que eu já tivesse tido trabalho demais por uma noite
com você.
- Poxa Vitor, como eu vou pra casa essa hora com essa roupa?
É perigoso.
- Se chegar viva, aproveita e compra umas saias normais. As putas precisam
de roupa pra trabalhar.
Ela encheu a mão e soltou em seu rosto. Arrependeu-se
milésimos de segundo após, quando ele a jogou contra o portão e lhe segurou as
mãos acima da cabeça. O olhar ainda aquele, irreconhecível. A respiração
acelerada.
A sensação não era mais definida. Não sabia que espécie de
medo era aquele. Mas sabia que estava úmida entre as pernas, além dos olhos.
Abriu a boca e sussurrou desculpas, mas
o olhar a traiu. Ela só olhava a boca dele. Todos seus movimentos. Ele
percebeu.
Sorriu.
-Era essa sua intenção, vadia? –disse separando as duas
pernas dela com a mão livre. Colocou a mão entre as coxas sem menor
dificuldade. – Isso te excita?
Ela não sabia o que responder. Odiava quando a deixavam sem
argumentos.
Ele tirou as mãos. Ela não se moveu. Ele abriu o portão. Não
perguntou se ela queria entrar. Só a puxou e assim o fez até o quarto. Ela
sabia que ele não era lá muito sensível, mas também não pensou estar provocando
um Neandertal. Aquilo era uma sensação completamente diferente. Ela era dominadora.
Se sentir dominada era novidade. Ela gostava. Os arrepios pelo corpo não
negavam. Nem ela. Só se deixava levar. Não disse uma palavra.
Ele sentou na cama e ela permaneceu a sua frente, o
encarando. Ele abriu o zíper da saia e a puxou até os joelhos. A gravidade
ajudou com o resto do caminho. Ela permaneceu imóvel. Ele se levantou. Deu a
volta e a encoxou. Beijou seu ombro exposto.
Mordeu seu pescoço. Ela sentia seu membro mesmo de calça rijo.
Suspirou. Ele a virou arrancou lhe a blusa, a segurou pelos
cabelos e a beijou. Daí em diante não pareciam mais se odiarem. O quarto estava
quente. Ela se entregou. Arrancou a camisa dele. Desabotoou o jeans e terminou
de tirar a sua blusa. Ele abriu o sutiã, sugou os peitos com força, mordeu,
segurou com vontade. Desceu as mãos pela lateral do corpo dela, levou com elas
a calcinha rosa, já sem nenhuma utilidade.
Se ajoelhou, ela separou as pernas prevendo o que
aconteceria. Ele era um deus com a língua; Ela sentia a onda de calor passar
por todo o corpo e desestabilizar os joelhos e os pés, ainda de salto. Puxava
seu cabelo enquanto ele a chupava. Ela queria ele dentro dela. Já não bastava
somente a língua. Ele fazia uma sinfonia com os dedos e a língua.
Ele não queria que ela gozasse tão depressa. Parou abruptamente,
a jogou na cama. Terminou de tirar o que restava. Meias e cueca. Deixou ela o
chupar. Era uma puta, gulosa. Se
inclinou sobre ela e a beijou novamente. Não se importou com proteção. Nem com
carinho. Meteu pra dentro com força, e sem dó. Ela inclinou o corpo pra frente,
a cabeça pra trás, os olhos fechados, um sorriso meio formado na boca. Já não
controlava seus sons. Eles respiravam sexo. Ela pedia pra ele a foder com mais
força, pra machucar. Se mexia em baixo dele. Gemia.
Ele gostava de ver ela implorando. Entrava e saia devagar só
pra ver ela se contorcer, implorar por rapidez e força, gemer a cada entra e
sai. Mandou-a ficar de quatro. Ela não hesitou. Virou-se na hora. Era uma visão
interessante a ver de bunda empinada ao invés de “nariz empinado”. Ela sabia
como ficar de quatro. Ele tinha uma tara por mulheres de salto. Ela por
apanhar. Ele encaixou uma das mãos na cintura e ao mesmo tempo em que ia a
puxava de encontro a si. Cada vez com mais força, mais tesão. Com a outra mão
em vezes a puxava pelo cabelo, batia em sua bunda. Deixava sua marca em todos
os lugares daquele corpo branco, cheio de rabiscos.
Não pediu, só passou a cabeça do pau em seu cuzinho virgem,
ela já sabia o que viria. Empinou o rabo um pouco mais. Ele meteu com cuidado,
e ela gemia de dor e prazer. Ele a comeu com dez talheres. Gozou gostoso.
Ficaram sem forças pra mais algum round, mas se sentiam satisfeitos.
Ele esperou ela se trocar, a levou pra casa. Antes de ela
descer do carro se despediram com um beijo no rosto.
Ela desceu. Já era
dia.
Ele abaixou o vidro e disse, - Quando quiser de novo, veste
essa saia.
E ela respondeu, com direito a todo seu sarcasmo habitual, -
Quando quiser de novo, não diga pros seus
amigos que não sente tesão algum
por mim, em qualquer bar.
E ele se foi, sorrindo.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
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